se fosse poesia, seria elegia
Chegou o Carnaval, as ruas estão ficando douradas e o vão das calçadas começa a se encher de paetê. O tema é música e o carro é alegórico. O povo pula, o povo dança, o povo não cansa.
Quando um homem volta depois de muito tempo a banhar-se no rio que já nadou, nem o rio, nem o homem são os mesmos. Diferente da água que deságua em outro rio rumo ao destino livre, eu sou o paetê que ficou na calçada em que o povo alegórico canta, bebe e dança. Sinto a energia do Carnaval, mas o brilho só foi brio quando fomos crianças.
Todo o carnaval tem seu fim e no bloco do eu sozinho, a dança é a valsinha. Um dia sem dançar é um dia perdido e a vida é um eterno samba da Portela, paetês dourados, felicidade, Brasil, SAMBA!
Samba, balança e não para. Notícia boa é notícia rara.