A teoria do homem cordial
Mas é muito fácil perceber que os homens nunca irão se dar bem
União por união, afetividade por afetividade,
o sempre é simples
e nacionalista.
Uma sociedade incrível, demagoga e niilista
Não se dá nem ao romance de partidos, entre tapas e beijos.
Dança, criança, vague a vida
e faça dos cavalinhos
um grande desenho;
a entender
dos pedalinhos
o que foi engenho.
A entender dos tucanos,
a foice em vermelho.
A entender que passar os panos
é mendigo sorrateiro.
A briga política de partidos
de corações partidos
e ilusões regadas.
Ali fique, ali dance
e ali se encante,
com teus passos,
o político delirante.
Os olhos viram o mundo
mas o mundo não viu teu voto.
A política máquina de escrever
desígnios que sobem ao muro
apenas para retroceder.
Duas palavras
Dois partidos, dois tetos
Desconstrução, Chico Buarque.
Não sei eu
não sei vocês
estamos num parque.
E quem somos nós,
para direcionar o barco rumo ao nada?
E quem são os barcos, senão aqueles que nos levam,
e nos levam?
E quem são os votos, senão aqueles que nos levam,
e nos levam?
E quem nos leva, senão a planta esquerda dos olhos direitos do vizinho da casa ao lado?
Quais serão as promesas de hoje, que não serão a vaias do Impeachment de amanhã?