Terceirize - se

Esta palavra já não é mais novidade à muitos, ao menos aqueles que se envolvem diretamente com o mercado de trabalho, é capaz de assustar muitos empregados e de fazer sorrir inúmeros “chefes” por todos os cantos de nosso país.

Buscando a raiz da palavra podemos ver que seu significado engloba principalmente “[...] ato de transferir a outra suas atividades[...]”. Ora empresas especializadas em realizar o serviço para outras existem a montes em nossas cidades, mas e quanto a nós? Onde estamos inclusos nisto?

Quando levamos o real significado da palavra para dentro de nosso íntimo e, conseguirmos ser sinceros principalmente com nós mesmos – diga-se de passagem, em muitas situações conseguir tal não é tarefa fácil – identificamos que realizamos tal pratica em boa parte de nossos momentos.

Quando colocamos a nós mesmos em posições de vítimas das ações que tendem a ocorrer em nosso cotidiano, estamos ai colocando a responsabilidades em outrem, ou mesmo no “destino” ao qual nos fazemos de breves marionetes a dançar envoltos nas linhas do tempo. O vitimismo é marca registrada de todo orgulhoso, que não admite ter cometido seus equívocos.

Desta forma também terceirizamos nossa felicidade, quando sub julgamos está a bens materiais, ao qual tão somente estes serão capazes de completar nosso íntimo e preencher todo o vazio existencial que acreditamos possuir. Mas será que realmente possuímos tais vazios? Ou estes serão meros reflexos de nosso materialismo desregrado.

Situação pior passamos quando atrelamos a nossa felicidade a outrem. Pobre erro cometido... Como se outra pessoa fosse capaz de ser feliz por mim, este é um processo que deve ser construído, seja a dois, seja a três ou sozinho. A felicidade não depende de mais ninguém a não ser de mim.

Queria eu fazer uso destas minhas palavras, em especial este último parágrafo, palavras estas podem parecer meros suspiros de som ao longo do presente, mas que podem a você leitor propiciar o esclarecimento que fui capaz de vislumbrar.

Eduardo Luiz
Enviado por Eduardo Luiz em 12/03/2016
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