EU E VIDA.

A inutilidade de não ser nem mais o mesmo, causa aspecto atrasado e desprezado vamos ser, pois todos são inúteis por que acham que são os super heróis igual passavam na TV. Talvez tenhamos que nos comportar como os nossos velhos vizinhos que já não existem mais, com inveja os tais ficaram quando Pai comprou um carro, retorceram suas bocas com sinais de nunca mais. O sol nasce sempre o mesmo e quem isso afirmou? Oriente à suas velhas pernas que o tempo já passou, o âmago do querer que não mudou nem mudará, lhes pedirá para correr e isto as fará quebrar, aproveite as novas pernas e liberte seus olhares, com solitários olhos paraplégicos será difícil achar lugares, onde haja a pueril dança, que dançamos até ontem, acordados até meia noite nos lembramos dos instantes, quando éramos tão vimos vivos e azuis quanto o mar, quando um dia fomos à praia, vimos gente se afogar. Minhas costuras tão frugais pedem para salientar uma vez que nos beijamos e o fizemos sem parar. Se lembrares dê sinal, com os pés mesmo, afinal, era como tu fazias durante todo meio dia, na hora do manjar que mãe trazia para nos alimentar. Mudamos-nos para outro canto, queríamos viajar o mundo ouvir novos assobios, ver mais gente tagarelando. Até hoje estamos juntos, já trocamos de endereço, vida e eu eu e vida, nós nos damos muito bem e ainda há quem diga o contrário desta afirmação, por nos ver brigando as vezes e ficando até de mal, depois retiram o que disseram quando os veem aos abraços e andando de mão dadas, rindo e contando piadas, umas fofocas retadas, eu e vida, até o fim.

Mirela Lourdes
Enviado por Mirela Lourdes em 08/03/2016
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