O saber do presente, a vida!
O saber ilumina a escuridão da ignorância.
Através do tempo, em busca da compreensão e na luta contra a ignorância, o tratamento histórico da verdade a partir do ridículo à oposição, até sua final aceitação, tem sido um processo fadado à recorrência.
Nossas motivações para descobrir e conquistar, derivam-se do desconhecimento sustentado pela tentativa de predição e pela esperança no futuro.
Mas, o futuro não é nosso domínio! Se o conhecêssemos, onde estaria nosso interesse na causa e efeito, qual seria nossa motivação para fazer algo novo, surpreender alguém, eleger um político? O paradoxo temporal perderia importância!
Em sua externalidade, a Causa sem-causa, necessária na contingência das coisas, à tudo predeterminou um sentido, dando a ignorância um valor protetor na caminhada do homem à trilha do futuro.
O conhecimento do passado, nos ajuda a entender o presente e, limitadamente, predizer o futuro e, a modernidade nos traz novos conhecimentos e tecnologias, que nos amparam num pequeno grau de antecipação lógica em etapas do saber aplicado e possíveis futuros eventos. Estamos testemunhando o nascimento de novas intenções, invenções e técnicas, desde a possível abordagem automatizada nos cuidados da saúde substituindo a aplicação especulativa e tradicional, comida artificialmente produzida por impressoras 3D, carros automatizados, turismo espacial, e o ressurgimento e crescimento de comunidades religiosas, entre outras incipiências e projeções. Porém, tais avanços tecnológicos que nos capacitam para predizer o futuro a curto prazo, não nos tornam em videntes dos tempos e donos da verdade.
Mas, à quais caminhos nos leva o acréscimo de saber? Para a evolução ou para a extinção?
Através da religião, podemos glorificar nossa ignorância. Através de nossa experimentação e confiança nos paradoxos da ciência, cada vez mais global e concentrada, sentimo-nos seguros.
A busca pelo conhecimento sem o reconhecimento de nossos limites temporais, nos faz ignorantes de nossa própria ignorância.
A ignorância, não é apenas resultante da ausência do conhecimento por estupidez. É, também, e essencialmente, devido à limitações impostas por uma causação externa.
O saber consciente, a verdade universal concentrada no presente, na essência do ser e nos ditos do Causador, é a garantia da vida.