Metafísica de uma alma
Em montanha sinuosa levo minha frágil alma,
Entre folhas e voltas rodopio em som de valsa,
Fazendo riso das desgraças dos meus pés feridos,
Da longínqua caminhada que estou a escalar...
A natureza e seu perfume embriaga os meus sentidos,
Reprimidos, doloridos, calejados, muitas vezes revoltados,
Que escolhi neste momento, abrir a porta para exortar,
E, descalça, crepitando meus pés entre folhas vou cantando...
Confessando minha impotência diante dos fatos atuais e já passados,
Desembrulhando sonhos abarrotados, por vezes, desenganados,
Abstraindo do caminho, algumas pessoas para, enfim, reavivar,
Fortalecendo as energias necessárias pra mais uma vez tentar...
E, espalhando o meu corpo, como forma de um sopro,
Diante de imensas copas, vislumbrada, vou me conectando,
Onde feixes luminosos, transpassam Minh ‘alma, menos iluminada,
Reacendendo a resiliência necessária para os meus passos alicerçar.