Filhos da Terra
Passarada
apressada
vigia a estrada
e o amor do matuto
na roça.
Chuva fina e despreocupada
faz brotar amor deveras
na beleza dos campos.
Tudo pára quando passas, pequena.
Boiada dissimulada
ri dos poemas e dos
trejeitos sem jeito
do matuto
quando se arruma
e se apruma pra te ver.
Meu olhar é teu.
Meu, mas apenas teu.
Sempre repousas em meus braços, pequena.
Chuva na roça,
abraços e beijos na roça,
nosso amor
que se dá e nasce na roça...
Filhos genuínos da Terra.