Filhos da Terra

Passarada

apressada

vigia a estrada

e o amor do matuto

na roça.

Chuva fina e despreocupada

faz brotar amor deveras

na beleza dos campos.

Tudo pára quando passas, pequena.

Boiada dissimulada

ri dos poemas e dos

trejeitos sem jeito

do matuto

quando se arruma

e se apruma pra te ver.

Meu olhar é teu.

Meu, mas apenas teu.

Sempre repousas em meus braços, pequena.

Chuva na roça,

abraços e beijos na roça,

nosso amor

que se dá e nasce na roça...

Filhos genuínos da Terra.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 04/03/2016
Código do texto: T5563042
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