Feito algodão doce...

Escuto ruídos bem distantes, acompanhados de gritos de tortura, uma leve dor na alma.

É como se o sonho ainda fosse algo bem distante, mas que as lágrimas nos fazem acreditar.

Enxugue seu lindo rosto, as lágrimas são passageiras, como esse momento vazio.

É como um canto solitário, que ouvimos em nosso interior, uma bela voz, que preenche o vazio de nossos olhos.

Olhando em direção oposto, enxergando tudo que reluz, de forma opaca, tétrica.

É como se uma estrada temperada com brilhantes, com luz acesas, de repente, tivesse sido apagada, uma a uma...

Como se o sonho estivesse se tornado mais distante, e o brilhante nos dedos tivesse sido deixado para trás.

Orquídeas servido de moldura para a estrada, uma canção suave aos ouvidos, e a alma.

Uma dor suportável, num misto intenso com a felicidade, as cicatrizes da alma, sendo fechadas, como uma tampa escura que fecha o passado.

Entre retalhos, entre rabiscos na parede, entre o ultimo beijo, ainda marcado pelo batom vermelho.

O cheiro desbotado em nosso retrato, os lençóis teriam sido guardados?

É como se tivesse sido aberta, uma escada para o paraíso, é como se as nuvens de fato fossem feitas de algodão doce.

É como se os ruídos fossem cada vez ficando mais brandos, com achegada da felicidade.

Leandro Vidile
Enviado por Leandro Vidile em 04/03/2016
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