Questionamento
Segue abaixo o texto onde questiono através da nova retórica (ou na tentativa de) alguns acontecimentos que ocorreram em minha cidade. Este texto inicialmente fora publicado no Facebook, mas que devido a proporção e a solicitação do ex-coordenador, retirei.
Estive estudando sobre a nova retórica e alguns pontos me excitaram bastante, pois vieram ao encontro de uma inconformidade minha ante os reveses que a vida tem.
Primeiro deles é a falsa razão das coisas acontecerem, creem ter razão em racionalizar diversos aspectos, tais como críticas, deixando de lado a razoabilidade. Ou seja, empirismo deve dominar a qualquer custo, seja por qualquer meio/forma.
Segundo se dá pelo conformismo, ou a suscetibilidade em “agregarmos” a racionalidade como verdade única, seja por represália, seja por hierarquia, seja por falsa de conhecimento, enfim...
Ai neste ponto que eu me pego no pensamento de Perelman; a antinomia deve ser crucial, deve haver o errado e o certo? Devemos levar ao pé da letra o silogismo? “Se minha concepção racional leva a um meio concordante, logo, minha razão, mesmo que empirista é a certa...”, infelizmente muitos dos ditadores que existiram no mundo utilizaram à retórica e o conceito de antinomia para dominar, dizimar e aos poucos acabar com a mente cultural do homem.
Dito isso, questiono se um trabalho que vinha acontecendo há mais de três anos pelo ex-coordenador da educação infantil pode simplesmente ser interrompido por uma racionalização incoerente. Perelman afirma que a maneira pela qual a pluralidade das mentes imperfeitas atua é pelo meio do diálogo e que qualquer que seja a forma do diálogo, é indispensável compreender e ser compreendido. Logo, a partir do silogismo, quando se há divergências, o diálogo deve ser colocado em prática e não o mero poder de decisão.
Questiono também a secretária da Educação de minha cidade o porquê da ação em si... Discordâncias no decorrer do trabalho entre chefe e equipe sempre haverá, mas vale a pena deixar os números que estão destacados em rede nacional por divergências? Vale mais exercer a razão ao invés de ser razoável?
Hegel, Perelman, Depréel concordam que a liberdade do homem que se libera dos imperativos, aqui eu acrescento: sociais, culturais e todos os demais imperativos; é capaz de elaborar um ideal moral que dê sentido à sua vida, uma direção segura para seus atos...E tal liberdade pertence àquele que assume a direção de sua vida e é completamente responsável por seus atos.
Assim completo meu pensamento...
Razão nem sempre implica numa decisão coerente com a necessidade social, por isso a pluralidade necessita de ações razoáveis, que sejam adequadas a todos.