Pertubatus Caelo
O céu que intuímos éden transcende o olho flanco, o ouvido louco e o balbuciar do entendimento.
O fim do homem se desvincula da passagem pela morte e se projeta além do mito engendrado sobre si, tão bem costurado nas entranhas do saber, autorizado e lúcido.
Dormir na pedra de ângulo é bem isso. Estagiar nu de berço a tumulo sem a graça do sacrifício. Sacro ofício...
Desejar o linho de vestes incorruptíveis é a armadilha mor do degenerado que furtou da verdadeira luz seu destino de algoz, condenado ao rastejo sob a espada flamejante ante o anjo austero que tudo sabe.
Acreditar-se limpo e puro é tolice eficaz que avilta as catedrais da humildade e que desvia o norte do amor maior, ainda presente nesta terra doente.