QUER ME MATAR? DIGA: OI, GATA!


Quem me conhece, sabe que adoro filosofar e argumentar sobre os mais diversos assuntos, colocando minhas indignações, fazendo meus apontamentos e até mesmo meus  questionamentos internos. Entretanto, como escritora que sou, quero compartilhar minha revolta, se é que posso chamar assim, apresentando fatos concretos.

Para começar, quero questionar a quem possa me responder:
O que há com os homens na atualidade?
O que há com as mulheres na atualidade?

E com base nessas questões que abarcam a minha vida, quero ressaltar e dar embasamento aos meus pensamentos e ao que de fato eu defendo como regra de vida.

Em primeiro lugar,  quero aqui ressaltar que eu não tenho nenhum tipo de preconceito acerca de nada. Penso que  cada sujeito é livre para dar conta de sua vida e de suas escolhas. Mas, quero ser muito mais profunda, quero informar também que, embora eu não tenha preconceitos, devemos ter regras de condutas básicas para abordar as pessoas, sobretudo, quando se trata de conhecer uma pessoa, de encarar novas amizades e novos relacionamentos afetivos.

Muitos podem pensar: Que papo careta!! Epa! Deixa eu te comunicar que isso que você pode chamar de careta é a forma com que cada um tem de ser e isso deve ser respeitado.

Outro dia eu estava conversando com um rapaz através das redes sociais. Um detalhe básico é que nós não éramos nem amigos intimos ainda. Eu mal sabia sobre ele, sobre seus sonhos, sua vida, seus anseios e ele sobre mim. E em menos de 24 horas de conversa, o cidadão me diz: "Eu acho que estou MIM apaixonando por você! Gente, na boa; não foi somente o erro de Língua Portuguesa que me assustou, mas foi sem dúvida alguma essa paixão platônica digna de uma novela mexicana. E, claro, com poucas palavras eu descobri que isso não era paixão coisa alguma, mas apenas desespero de sair do aspecto chamado "Solidão" ou "solteiro", que infelizmente para alguns isso é ainda um estilo de vida complicado.

Agora, essa semana, novamente eu estava conversando com um amigo, que eu acabara de conhecer, e a "criatura" já me vem com perguntas de aspectos tão íntimos e afirmações tão fora de contexto que me deixaram assustada. Já foi me falando de suas carências, de que estava há mais de três anos solteiro e que tinha muita pressa para namorar e casar. Que sua solidão era, sobretudo a noite. 

Que tipo de gente é essa que não sabe conquistar? Que não sabe argumentar? Que não sabe se colocar? Que não sabe perguntar o que você gosta de fazer? Onde gosta de ir? Que tipo de filme você gosta?
Que vem com essa argumentação barata do tipo: "Nossa, como uma gata como você ainda está sozinha"? Ou outra : "Você tem pressa para casar"?
Ou: "Se a gente se encontrar, você vai me dar um beijo"?

Desde quando eu tenho uma bola de cristal para saber quando vou me casar e se vou me casar?

Desde quando o beijo é algo programado? E o clima? E a tal química?

Desde quando chamar alguém de "gata" é pré-requisito para conquista?

E nos deparamos com mulheres que aceitam essas e outras argumentações numa boa. Ok. Mas, antes de tais abordagens, que tal sondar o lugar em que você está pisando?

Estou farta de encontrar mentes vazias, sem nada a oferecer e ainda ouvir todos os dias frases feitas do tipo: "Olha, você vai ficar solteira" ou "Você é muito exigente".

CARAMBA!!!!

É querer muito ter o mínimo de respeito por parte da outra pessoa? Um mínimo de conquista? Um pouco de admiração? Um pouco de afeto sem de fato falar de sexo logo no inicio da abordagem?

Que coisa chata essas perguntas sobre sexualidade fora de contexto. Que coisa chata não ter um mínimo de suspense, amizade. 

As coisas estão sendo atropeladas de uma maneira grotesca e eu não estou acostumada com isso e detalhe: não aceito e não tolero isso.

Se for pra mudar o status de solteira para "namorando" ou "casada", que seja com alguém de qualidade, que saiba respeitar-me, não quer atropelar meus valores, meus sentimentos e nem fazer perguntas e abordagens no mínimo "idiotas". 

Eu tenho auto estima e maturidade o suficiente para carregar o status de solteira enquanto eu viver, se não for pra ter do meu lado alguém que me agregue. Estou farta de mesquinharia e muito brava com a sociedade hipócrita que aceita e engole a todas as coisas.

QUER ME MATAR? DIGA: OI,GATA!
PATRICIA PESSOA
Enviado por PATRICIA PESSOA em 29/02/2016
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