Sequelas ao tentar ser-me
Talvez seja apenas eu o deslocado.
Caído em ruínas escondidas pela relva alta num sítio que apenas conhece o pôr-do-sol e nunca as estrelas.
Talvez um dia eu cresça longe do outono que é a minha presença, ensopada pelo granizo que corre o meu rosto.
Talvez uma noite deixe de escrever tantos talvezes.
Certezas, nenhuma tenho. Apenas rasgos nos bolsos que me arrefecem as mãos, por onde perco os trocos da minha alma, mas nunca a minha transigência.
Vejo que as ruínas são de facto minhas apenas. Não me sei ser. Não me sei querer bem. Apenas me colapso.