Tonturas na Linguagem
A linguagem usual das pessoas, observada com mais cuidado, revela suas estruturas emocionais e apresenta com clareza o interior da usina de seus pensamentos.
As estruturas fraseológicas do homem, bem como a entonação onde são fabricadas as verbalizações desse conteúdo, são tão complexas que demandam grande esforço do espirito assistente para não errar na interpretação daquilo que é dito.
O humano racional depende de questões cada vez mais detalhadas do ponto de vista da ética, da moral e da educação ampliada. Cada palavra distribuída na oração, desnuda uma comunicação que quer ser encontrada pura na intenção de se falar, determinada no intuito de ser explicativa e complexa na vontade de promover alguma mudança naquele para quem a conversa é dirigida. O humano, parcialmente racional, grita a razão prática e impura, engenhando consequências desviadas de suas expectativas mais legítimas.
Quando E. Kant espreme o tema de que o que não é bom para todos não deve ser bom, então, para um, ataca frontalmente o princípio divino da igualdade . No diálogo entre as pessoas vemos freqüentemente um descompasso entre os que aplicam a razão prática e os que oram por sobre a razão pura. Os primeiros são diretos no "sangue" e logo incisivos na iniciativa de métodos, por vezes professorando os últimos, quando ensaiam alguma "acabativa".
Os iguais devem ser tratados e recebidos igualmente e os desiguais entendidos e compreendidos na medida de suas desigualdades, Não é assim?
Então, as regras de comunicação e estudos que as suportam sofrem do dilema da utilidade da metodologia frente a aplicabilidade de suas ordens. Quem fala revela o que realmente pensa sobre o que fala? Se não for assim qual a utilidade da fala?
"Fala" aí então, por favor...