Dois pesos e duas medidas
Se eu tenho que te amar como és,
onde está a dificuldade em me amar como sou?
Se devo perdoar-te por toda dor causada,
Porque não sinto teu perdão alcançando-me?
Se minhas palavras e ações
devem ter sempre o cuidado
de não atingir você,
Explica-me porque tudo o que fazes
deve ser tolerado,
tendo como desculpas um simples:
Mas você sabe como sou numa hora destas?
Perdão pela franqueza,
mas cansei de viver com dois pesos,
onde o meu é pesado, e o seu sempre leve;
onde minha dor não existe,
mas tua sensibilidade deve ser respeitada...
Se você sente dor, com licença... Eu também!
Se você não gostou, fica tranquilo... Eu também não!
Se você não é obrigado a nada...
Onde reza a cartilha
que te diz que eu sou?