Parasita de coisas
Ele existe na roupa velha esquecida no fundo do guarda-roupa. No frasco vazio do perfume. Na cerâmica riscada do chão da cozinha. Ele existe na árvore plantada no fundo do quintal. Nos bastões de metal pendurados na varanda que tintilam quando o vento sopra. Assim é o passado, um parasita de coisas. E quando a coisa some, ele evapora.