O Medo
Já foi o tempo que sentíamos medo do sol. O medo da escuridão da noite, nos primórdios da humanidade, quando não existia eletricidade, quando o fogo era uma benção, e o Sol um Deus ao amanhecer, livrando o homem primitivo daquelas horas obscuras, aonde animais peçonhentos ou ferozes poderiam à qualquer instante devorar o animal homem.
Já foi também o tempo que sentíamos medo do sobrenatural, do Diabo, de Deus, dos fantasmas, das assombrações e das crendices; o nosso Sol é a ciência. Avançou tanto que são poucos os que ainda se assustam com o que foi repetido durante tanto tempo.
O nosso medo, é de andar na rua e alguém nos assaltar,
O nosso medo, é de faltar o dinheiro para o pão dos nossos filhos,
O nosso medo, é de não alcançar as nossas metas,
O nosso medo, é de que algum parente que amamos morra ou sofra duma doença séria.
Os nossos medos hoje em dia são reais; outrora imagináveis e corrigidos por um sol resplandecente.