Não uso drogas, por isso leio!!!!
Lemos escritores e conhecemos revovolucionários que desencadeiam em nosso ser muitos pensamentos, críticas, opiniões sobre a humanidade. Temos aí como alguns exemplos Rubem Alves, Nietzsche, Baudelaire, Eduardo Giannetti, Rousseau, Schorödinger, Che, Sade, Einstein e Castañeda.
Gostamos muito de lê-los, conhecer suas idéias, suas atitudes e suas ousadias e a partir dessas grandiosas leituras começamos a perceber o quanto estamos perdidos nessa realidade imposta e na realidade dos nossos sentidos e desejos: Hum... Aliás... O que seria realidade?
O que percebo é que criamos simbologias cada vez mais abstratas; estamos trocando coisas simples por coisas complicadas. Hoje dinheiro significa oxigênio, estar bem consigo mesmo é comprar um celular com tv a cabo, se sentir amado é ter um carro importado e alguns músculos, só pra garantir.
E por este motivo, nos perdemos e nos sentimos impotentes quando pensadores dos quais citei nos tocam e nos põem em reflexão sobre o que estamos fazendo conosco mesmos.
Tem pessoas que realmente curtem muito trabalhar de peão e fazer hora extra ou fazer uma faculdadesinha de medicina pra no final de semana encher a cara, pegar umas putas e cheirar umas carreirinhas. A criançada-a nova geração-futuro do nosso país está rumando pra essa área profissionalizante. E o que nos faz achar que isso é errado? Eu não sei. Por que estariam mais errados que nós que ficamos em casa tomando um vinhosinho ou fumando um charutinho lendo esses lindos filósofos e físicos? Não seria algo assim: Eu não uso drogas, por isso leio! ?
Psicotrópicos servem tanto para o caos quanto pra medicina e ritos que ajudam no processo de percepção do mundo (dependendo muito da cultura em que se está inserido), filosofia serve tanto pra masturbação mental (é muito bom pensar) quanto para desatar os nós originados pela miscigenação de culturas impondo uma realidade totalmente desorganizada e insatisfatória que nos obriga a criamos dentro de nós mesmos um ser auto-enganoso.
Se queremos continuar sendo o que não somos, então não podemos ir contra o sistema que nos deu as ferramentas para essa modificação. Isso tudo está acontecendo com o nosso consentimento, e criticar não passa de uma sensação auto-enganosa de conscientização sobre o que chamam de realidade.