Ode à Tristeza

Não se engane se você não acha que é triste

Nem tente me enganar mostrando a felicidade

Pois a vida à de ser solitária sempre

Por mais que estejamos sempre envolvidos

Na vida de outras vidas

O ser interior é solitário

Sempre buscando algo para suprir essa carência

O vazio que nos acompanha na caminhada

A cada passo buscamos uma mão estendida

Um olhar amigável que nos conforte

Aquele abraço apertado e sincero

Que sempre acalma o coração

É bom estar entre palavras alegres e risadas

Mas quando as estrelas aparecem no céu

A cabeça descansa só no travesseiro

Conversando sozinha em busca das lembranças

De tudo o que passou naquele dia

Selecionando aquilo que vai ficar guardado

E o resto que entrará no esquecimento obscuro

Somos unidades únicas e não metade de um todo

Estamos fadados aos erros banais

Mas sem significar que o erro é errado

A tristeza é um ser imaginário e amargo

Que vive dentro de cada um de nós

Sendo uma matéria flexível e infinita

Toma a forma do que mais agrada seu dono

Que constrói ela a suas vontades e desejos

Em um processo diário, que exige muito esforço

Alguns possuem habilidades com suas tristezas

Outros apenas juntam tudo o que conseguem

Acumulando aquilo por muito tempo

Até que um dia eles descobrem

Que está pronta

kdu
Enviado por kdu em 16/02/2016
Reeditado em 21/03/2016
Código do texto: T5545024
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