Ode à Tristeza
Não se engane se você não acha que é triste
Nem tente me enganar mostrando a felicidade
Pois a vida à de ser solitária sempre
Por mais que estejamos sempre envolvidos
Na vida de outras vidas
O ser interior é solitário
Sempre buscando algo para suprir essa carência
O vazio que nos acompanha na caminhada
A cada passo buscamos uma mão estendida
Um olhar amigável que nos conforte
Aquele abraço apertado e sincero
Que sempre acalma o coração
É bom estar entre palavras alegres e risadas
Mas quando as estrelas aparecem no céu
A cabeça descansa só no travesseiro
Conversando sozinha em busca das lembranças
De tudo o que passou naquele dia
Selecionando aquilo que vai ficar guardado
E o resto que entrará no esquecimento obscuro
Somos unidades únicas e não metade de um todo
Estamos fadados aos erros banais
Mas sem significar que o erro é errado
A tristeza é um ser imaginário e amargo
Que vive dentro de cada um de nós
Sendo uma matéria flexível e infinita
Toma a forma do que mais agrada seu dono
Que constrói ela a suas vontades e desejos
Em um processo diário, que exige muito esforço
Alguns possuem habilidades com suas tristezas
Outros apenas juntam tudo o que conseguem
Acumulando aquilo por muito tempo
Até que um dia eles descobrem
Que está pronta