O Assunto sou eu

Dessa vez o assunto sou eu. Não, não é nenhum de vocês que passaram por aqui e deixaram uma verdadeira bagunça. Também não é vocês que deixaram um gostinho de quero mais na boca, ou melhor, na alma. E também não sobre você que acabou de chegar, que não conhece os fissuras dessa que agora sou, mas que insiste em ficar prometendo curá-las, mas que provavelmente só irá aprofundá-las mais ainda.

Mas como disse, dessa vez sou eu. Com um pouquinho de vocês, confesso. Afinal quando todos vão embora, e sempre vão, é comigo que tenho que acertar as contas. E agora, que a embriagues já passou, que a lucidez enfim chegou, observo quanto tempo perdi, quantas coisas importantes foram deixadas de lado.

Coisas que já deveriam ter sido encerradas. Saber que não é mais época de começar tudo de novo me martiriza, mas não me resta escolha. É sempre tão difícil começar do zero. Abandonar um caminho e seguir por outro. Mas infelizmente algumas coisas não dão pra serem feitas concomitantemente.

Falta tempo, falta saúde, falta vontade...

Arrependimentos não há. Não permitiria que eles se implantassem em mim. Consigo viver com os erros que cometi, que foram muitos, mas não com a culpa, sempre imperdoável, de tê-los cometidos.

Só o tempo mostrará se esse é caminho certo ou se mais um vez permiti me perder. A única coisa que não posso mais é ficar parada esperando algo indicar a direção certa. Isso já não dá mais.