Quem és tu?
Á cada passo para frente, dois para trás. Quando em um breve momento se abre pra mim, em outro muito maior se afasta, ergue uma barreira contra mim e milhares de armadilhas sobre ela.
Eu, por não querer me machucar, decido esquecer você, parar de pensar e de tentar, mas aí você volta e me faz passar por tudo de novo.
Eu te vejo e minha alma surta, abro meu peito sem medo, e você parece se deleitar com isso.
Seus afagos, seus olhares, suas palavras são minha maldição. Eu me entrego sem dó nem piedade de mim mesma. E acabo me afundando ainda mais nessa angústia.
Eu te espero. Você some outra vez. Demora e sempre me deixa nesse maldito "talvez".
Aaah, se eu tirasse sua máscara e te deixasse sem defesas. Eu teria ao menos uma vantagem sobre você.
Essa luta tem sido desgastante, e eu sei que um dia irei cansar, mas até o momento meu único interesse é saber quem você é de verdade. Se você é o que suas palavras dizem, se você não me ilude abrindo possibilidades, ou porque some com facilidade.
Tantas perguntas, nenhuma resposta, e eu aqui jogada na covardia do "talvez".
Eu vou arrumar um jeito de descobrir, de tirar você da sua zona de conforto. Ou isso ou te esquecer de vez.