MIL RAZÕES PARA NÃO PERDOAR
E esta enfadonha tristeza
Que me limita, milita, na incerteza
De não saber quem sou
De não saber quem serei depois de mim,
Então escrevo qualquer coisa
Para saber se ainda estou em pleno vigor mental
Porque te entreguei uma rosa
Que era uma violeta
Daí veio a incerteza, e ao redor insegurança
Porque não sei quem sou,
Pois, com todas as condições de violar o sistema
Me perco de forma inocente
Me encarcero com a sutileza de um leão
Não me dou chance para caminhar
Sem ter que esquecer o ontem
Acho que me viciei ao sofrimento
Porque tenho mil razões para não perdoar,
E ainda assim, desencorajo,
Mas certamente, haverá alguém mais forte e capaz
De entrar no mato, caçar a onça e saboreá-la
Porque o leão se foi,
E não há mais nobreza na selva
Então, me resta saber
Quantas vidas perdi
Para não mais cair no erro
De me enganar solitariamente
Não há ninguém, senão EU
Para compreender que perdoar
Não é uma ação tão complexa
E não perdoar, para mim
É uma quebra de princípios e regras
Morais, religiosas, éticas, e...
Então, sigo eu, com esta cultura
Acreditando que um dia tudo irá dar certo,
Porque fui construída para não odiar!