A arte do não-amar
Crava os teus dentes no meu corpo, quantas vezes quiseres. Tenta seguir os meus passos, quantas vezes quiseres. Torna-te outrem, quantas vezes quiseres.
Mas não, não és tu que procuro.
Desenhas um esboço fantasioso dos limites da moldura que segura o meu corpo, como se a minha arte tua fosse. Jogas-nos como peças de xadrez, inscrevendo em sangue as tuas regras. Mas a arte não conhece regras, e a morte espreita aos pés da tua cama.