A arte do não-amar

Crava os teus dentes no meu corpo, quantas vezes quiseres. Tenta seguir os meus passos, quantas vezes quiseres. Torna-te outrem, quantas vezes quiseres.

Mas não, não és tu que procuro.

Desenhas um esboço fantasioso dos limites da moldura que segura o meu corpo, como se a minha arte tua fosse. Jogas-nos como peças de xadrez, inscrevendo em sangue as tuas regras. Mas a arte não conhece regras, e a morte espreita aos pés da tua cama.

Hugo Ricardo
Enviado por Hugo Ricardo em 06/02/2016
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