A Lenda do Pégaso Vermelho e o Filosofar da Virgem
Amor é tristeza que o tempo alegra,
Sorte dos homens que sem o mesmo amor, com lágrimas, tem o mesmo sentimento, pois ele, o amor, não vos roubará dos sonhos de uma paixão melancólica, a essência do coração de silenciosa criança distante dos pais, mas próxima do seio de Deus meiga acolhida.
Medo tem os poetas do ódio, com pesadelo em palavras escritas e erradas, a angústia do amanhã mata uma obra prima que poderia consolar os presos na própria alma, sorte de não haver deuses maus, mas somente uma ideia de nós mesmos, seres divinos.
Amigos não existem mais, somente pessoas chorando por um suicídio sem dores, morte não acaba com o enamoro frustrado e a felicidade faz soar uma música desde o labirinto, morada dos poetas e dos sonetos, esses mesmos anjos da humanidade em maçônica de belos demônios criaram a ciência do cosmo.
Medo de mãe, risos de pai, distância entre eternos irmãos, minha doce família são aves de asas cortadas, e penas chamuscadas, pelo filosofar coisas místicas em um oceano negro de Deus, sabedoria, inteligência, beleza, sorte que Deus tem uma mãe pois com zelo tenho um germe católico, mas meu amor não é a mãe de Nosso Senhor, mas a sua solidão no deserto de uma visagem em sobrenaturais céus azuis, Maria foi a primeira poetisa do amor.
Vazio sente as crianças abandonadas pelo descaso, minhas trevas oníricas ensurdece a música do passado tão atual, e vozes de força suave num silencio deste meu adeus, vão levar-me aos pobres anjos que dormem em sábados, de pecados e vida...
Adeus minha virgem tu subiste ao Céus, onde haverá sempre uma única verdade para os desesperançosos.
Harpa tange bem meu amor egoísta, pobre que sou em não falar deste sentimento sem me deter na minha ignorância. Um velho violão lembra sempre do seu virtuose, mas os poetas nasceram para compor tragédias, tragédias essas de mulheres e jamais de consolos para o meu coração. Tenho medo ó virgem de ficar louco, de tantas vozes ditando-me prazeres da paixão, terror, ânsia de um rapaz em cadeias da transição entre o só e o nada. Sou um triste mar abundante de sal, mas sem peixes. Eu tenho assombro do amanhã, ó minha loucura de indecência por palavras, sorte tem quem não pertence a esta terra, a raiva dos lobos rudes, e ursos que comem os propósitos alheios, dos leões eu me resguardo com diligencia nobre, deles e sem eles, e nada mais sei. Mulher da beleza do canarinho silvestre, minha ditosa contempladora das terras ermas, eternidade que amansa uma companhia de santa morta e incorrupta, o hoje tem luz, mas o amanhã será de um sol caído, o tempo é um velho com uma espada cravada na boca. Ó e os jardins das lendas de delicias epopeicas, faz terminar meus sonhos nos olhos da pobre menina que espera o seu príncipe voltar, num Pégaso vermelho de seis asas, das virtudes femininas em um além..., de formoso amor tudo é um bem.