Pés no chão
 
Sonho, virtualidade e realidade interagem conosco. Com nossa sensibilidade; com os sentidos. Podem servir de referências entre si. Basta lembrar que certamente não há nenhum fato da realidade que não tenha sido antes um sonho, do criador ou de alguém que sequer jamais se conheceu o ter imaginado. No entanto há muita rejeição supostamente cética aos sonhos e até às virtualidades, que se configura como um passo a mais na direção da realidade. Em um universo mais amplo, um entendimento do que se denomina como realidade é a virtualidade dimensional à qual estamos conceitualmente inseridos. Não se justificaria portanto um ceticismo originado em base conceitual de realidade uma vez que essa nada mais é do que outra virtualidade. Nesse caso o sonho, objeto não palpável, se tornaria mais “real” do que a própria realidade pois, de certa forma, estaria num campo de acessibilidade acima do que consideram os céticos realistas no jogo da sobrevivência de sua condição meramente animal desse estágio em que vive a humanidade.