Em Queda...

Lutando essa batalha, sozinho, hoje o mundo caminha para trás, sua única companhia é sua alma, pesada por arrependimentos e escura como um quarto sem luz.

Um foco reluzente aparece, mas se apaga... A paz está sufocada em um mártir diário. Almas dizimadas nessa guerra constante, hoje, serei minha própria vitima. O primeiro a se levantar, algo em suas mãos ele segura, parece que seus sonhos se reduziram a pó, escorrendo por seus dedos e sua fé, quase o cega.

O Silêncio revoga ao entardecer, um sopro do vento abre as cortinas, o pôr-do-sol indica o final de mais um dia, fato esse que pode parecer simples, mas para esse ser, é quase uma conquista. O tempo corre e inquieto é o seu desejo por um renascer, suas preces não podem ter sido em vão. As coisas parecem mudar lentamente, ajoelhado ele aguarda a chegada daquilo que tanto procura. Sua pele se queima, seu coração sangra, seus olhos se fecham perante a falta de esperança e sua alma grita ferozmente.

O choro vem logo pela madrugada garantindo o seu descansar, tomando conta de suas profundas feridas e lhe dando o conforto de seu colo.

Sobreviver é uma questão de tempo, cada badalar do sino é um minuto a menos no relógio da vida, cuidarei de você enquanto prometo que tudo ficará bem.

Busca pela liberdade, procura pelo descanso, um mero objetivo, quase inatingível, um fogo sem brasa, uma noite sem lua, um anjo sem asas e em queda, que no dia de hoje, não virá me buscar!