O tempo e sua relatividade
O tempo segue inexorável,
seu ritmo imutável,
não é adaptável,
muito menos controlável.
O tempo é relativo,
oscila entre passivo e ativo,
em um coração compreensivo
ou totalmente impulsivo.
Segue inerente à nossa vontade,
indiferente à nossa capacidade
de entender a sua presença
ou venerá-lo como uma crença.
Ele é dolorido na sua ausência,
testa minha limitada paciência,
é deliciosamente lento ao seu lado
para supremo deleite do meu coração apaixonado.
Ora acelera nos bons momentos
e congela nos tormentos,
ora nos permite sorver cada segundo,
como se parasse todo mundo.
Creio que sua velocidade
está ligada a nossa verdade,
a como estamos no momento,
a favor ou contra o vento.
Ele espelha o nosso humor,
os nossos sorrisos ou a dor,
e invariavelmente criticado,
sofre quieto e calado.
A verdade é que só ele, fluindo como um rio
encara o improvável desafio
de aplacar a imensa dor
de uma desilusão de amor.