Um dia te encontrei,
pois é, acho que era para ser.
E não foi qualquer dia,
foi o nosso dia,
um encontro marcado
lá, em outras vidas...
Um dia te vi,
entre tantos, foi você.
Mil rostos nas ruas,
em mil ruas.
Em um mundo,
cheio de outros mundos,
feitos de palavras,
becos da poesia.
E de repente, era eu e você...
Um dia te amei
e não foi um amor comum
daqueles que não duram,
ou daqueles que nada suportam.
Te amei perdoando tudo,
tentando te sentir, compreender
até mesmo o incompreensível...
Um dia percebi
que a vida tinha decidido
que o meu amor seria eterno,
imutável, mesmo na dor.
E que com ele no peito
um dia iria partir desse mundo...
Um dia te deixei,
pois é, doeu... doeu...
mas foi necessário.
Levei um pouco de você
e deixei muito de mim.
Mentira...
deixei tudo de mim!
*Escrito lá, em algum lugar no passado.