Sobre a variância da vida acadêmica

Começa assim, desbotando na Academia. Academia de “Academus” não de fitness. E cobram tecnicidade, prática e dinheiro de um lado. E cobram análise, teorias e ociosidade de outro. Calça tênis e depois salto alto. Coloca o terninho, abotoa as camisas e depois veste uma polo esportiva.

No gabinete a reflexão. Na tribuna a explanação. No gabinete a discussão. Na tribuna a contestação. No gabinete o abstrato. Na tribuna o concreto. Dicotomias que vivem aqueles que operam e constroem o Direito. Operando e construindo, operando e construindo em círculos frenéticos de engrenagens no sistema que exige os dois lados.

Mergulhando no caminho bilateral… Para aqueles que escolhem os dois, com a variância deve conviver. Um dia cientista, outro dia magistrado. Um dia docente, outro dia promotor. Um dia palestrante, outro dia advogado. Um dia monitor, outro dia estagiário. Operador ou construtor? Resposta comum: jurista, que tão somente conceitua toda dicotomia, todo esse aparente paradoxo.

Estudando e praticando, a vida vai andando entre saltos e tênis, ternos e blusas… E não estou aqui a reclamar. As dicotomias se completam, ou seja, não existem. Somos mais do que devemos ser. Agarre o mundo se quiser… E o que fica é o que vier de lucro. O que trouxer de experiência em cada dia, é uma bela e eterna sinfonia no calor revigorante na memória da vida acadêmica.

Giuliana Murakami Paixão
Enviado por Giuliana Murakami Paixão em 17/01/2016
Código do texto: T5514036
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