Ardente Paixão
Como pode viver e não me observar
Arder em fogo abrasante,
Num leito nem arrumado?
Como pode perder-me de vista no raiar do dia?
Olhar-me despida e desiludida?
E desejar que eu me cale ao anoitecer?
Como pode insensível mente,
Ver-me andorinha a me quebrantar?
Deixar-me debater na grade de sua prisão?
Abre então essa porta!
E deixe-me ir,
Ardente paixão!