ERVA DANINHA

Erva daninha

Confesso minha ignorância quanto ao termo daninha.

Pois pensava eu que daninha era referente um cacófato referente à ave andorinha, cuja ave defecando sementes, elas por sua vez brotavam, ainda que em solo não fértil, podia brotar contrariando a natureza.

Pois bem, apreendendo que daninha vêm de danosa, que causa dano, como muitas vezes encontramos plantas entre vão de concreto, sobre paus toscos, sobretudo em lugares inacreditáveis, eu pergunto: quem semeou? Não foi uma ave por a caso?

Numa das minhas idas e vindas ao cemitério, deparei-me com jazigos abandonados, alamedas destruídas por raízes de ervas, quiçá semeadas por aves, sobre vão de mármores de campas, muros e outros lugares jamais imaginados como férteis para sua brotação.

Nem sempre essa semeadura causa dano, não podendo ser considerada daninha, assim, porque não chama-la de erva da andorinha ou daninha?

Seja lá como for, acho um ótimo exemplo para emprego de parábola, que nos diz que se pode semear em qualquer terreno, pois quando se propõe a plantar há de vingar a qualquer custo a vontade do Criador. E seu plantio, ainda que infrutífero sirva ao menos como uma sombra, que há de resguardar o seu protegido.

Outra ilação deste acontecimento, sobretudo observado no cemitério, é o de que a morte não é um fim em si mesmo. A morte é o renascer para a vida eterna, donde não há obstáculos que o desenvolva par o seu fim maior que é a plenitude, ou seja, a imortalidade.

Chico Luz

CHICO LUZ
Enviado por CHICO LUZ em 16/01/2016
Reeditado em 17/01/2016
Código do texto: T5513305
Classificação de conteúdo: seguro