Coisas...
Não são pelas coisas erradas que brigo
São pelas coisas que não posso melhorar
São pelas coisas que me fazem chorar
E que em momentos de explosão, me castigo
Me penalizo e perpetuo inverdades
De uma maneira covarde, para não falar sério
Para não dizer sobre o que sinto
Para não agredir, humilhar
Então, diante da impotência de não saber
Dizer sobre as coisas
É que me perco num mundo de desilusão!
Fortes são aqueles que se impõem
Que se esbravejam, que não se calam
Diante das incertezas, dos infortúnios
Não são coisas que me agridem
Por serem mais fortes que eu,
Na verdade o que me agride é tão menos que eu
E isto me envergonha,
Porque faço cara de mulher indestrutível, não corrompível,
Quando nada disto é verdade
Quando meu cacos se espalham diante de mim
E não posso uni-los, emenda-los...
Isto me traz a verdadeira sensação de estar sendo corrompida
Por mim mesma,
Por achar melhor me calar, para ver meu algoz tripudiar sobre minha dor,
Então, não são coisas erradas que me destroem
São coisas que não sei consertar ou seguir,
Que não sei compreender ou demolir,
São coisas intácteis, intocáveis,
Que muitas pessoas de uma forma sublime
Consegue mudar...