Etiquetas,títulos e rótulos
O ser humano é por demais tolo, deveras é o seu manto de arrogância...
Sempre achando que conseguirá domar o selvagem...
'Inútil é tentar escravizar os sentimentos', pois nasceram para serem livres, e sua pungente liberdade não se permite poluir pela tirania do egoísta...
Achas que teu coração é somente carne ou como máquina que se programa?
Não, ele é vida, alma e espírito...
Nele são latentes os sentimentos...
Que como dizia Adélia Prado em sua poesia ENSINAMENTO "...A coisa mais fina do mundo é o sentimento..."
E estes, não lhe devem reverencia, mas sim tu, a eles...
Se não fosses tão soberba e não ti preocupasses tanto com o ínfimo...
Etiquetas...
Rótulos...
Títulos que a ti vangloriem...
Se prosternaria ao amor, não a matéria...
'Adjetivos inanimados da vida', que não passam de 'poeira radioativa', da qual somente as baratas apreciam sua companhia...
Algo, que é morto!
Mas sim a algo que transcende o sabor do vinho...
Pois tal sabor não está no rótulo, ou no desmedido valor comercial...
O lírico sentimento da poesia, não está em um simplório título, de escritor...
Um dia aquele papel carimbado e registrado sucumbirá ao tempo, mas o tempo jamais borrará as lembranças de cada bom momento...
Certo estava Catulo da paixão, quando em um dado momento escreveu, " Com gramática ou sem gramática, sou um grande poeta."
Se trata da essência...
De cada cheiro, cada abraço...
Beijo, afago...
De cada dengo, de cada colo...
Contido em tuas líricas escritas...
Isto teus filhos, teus netos, teus amigos, teus bisnetos viverão em ti
Os sentimentos compartilhados com a humanidade, isto é vida...
Isto é a metamorfose do íntimo pessoal, para o pluralismo palpável...
É compartilhar experiências, sonhos, delírios, e o infinitivo...
Isto é o precioso, o inestimável!
O verdadeiro conteúdo não está no rótulo, mas sim no suave e indescritível aroma, que penetra o nosso íntimo...
Que mesmo após décadas, ainda terá a magnitude de nos remeter ao momento passado, há um momento vivido...
Como quem viaja no tempo, viver os detalhes d'um mais que especial instante distante...
Como amo o puritanismo do meu eu...
Querem saber quem é este eu, a lhes escrever?
Esqueçam os títulos...
Desprezo e recuso-me aceitar tal insignificância...
Sou o que sou...
Ser totalmente liberto de todo materialismo...
Liberto de toda obrigação de auto-comprovação...
Se me amam, terão que amar o 'eu sou'...
Porque, o que tenho pouco fala de mim, mas o 'eu' é onde está contida a minh'alma, meu espírito...
Meus valores, meus tesouros...
Meus amores, meus temores...
Minhas dores, minhas perdas...
Ilusões, minhas decepções...
Minhas fraquezas, e falhas...
Todas minhas imperfeições...
E minhas incontáveis lições!
MINHAS ESCRITAS...
Quem eu sou?...
Sou um simples pai d'uma menininha que com apenas seis aninhos, totalmente leiga no quesito gramática e bem distante de uma grande formação acadêmica...
Mas transbordante de sentimento, me escreveu assim...
"...Te amo desde, antes nascer...
Te amo!
E até o fim, vou te amar..."
É nisto que eu acredito, no conteúdo de nossa alma, coração, e espírito!
E este conteúdo não se adquire através de diplomas
Me chamam de a mais 'complexa essência da estranhosidade', em pessoa!
Sim, não discordo!
Mas vou além...
Também sou completamente apaixonado pela poesia...
Que se esvai da vida, e durante a morte...
Extremamente feliz, insanamente melancólico...
Do tipo que é oito ou oitenta...
E as vezes os dois ao mesmo tempo!(risos)
Calmaria que varre as memórias...
Ira do furacão a rodopiar dentro do coração...
A furtar o ar dos pulmões!
Sou o beijo mais afetuoso da inocência...
E a voracidade do castigo desmedido!
Como 'Marcos da Cruz'
" Homem de mais arte que engenho" (risos)
Este sou eu, apenas 'Eu'...
Sempre acreditando mais e mais...
Na essência de cada ser!