A veemência do "desequilibrado"

Sem temor à vida

Vivo a veemência do desequilibrado

Os júbilos sem excessos

Abastecem-me

A passagem do tempo

Não me afeta, refina-me

Emaranhado pela cultura do sentir

Experiencio homeostases de abstração

Não silencio as paixões

Hoje, as vivo com intensidade

E tamanha é a espontaneidade

É o puro requinte da vida

Gozo da nobre arte do palhaço

O erro

A inadequação me diferencia do rebanho

E omito o prescrito

Não me ancoro em referências

Sou a imperfeição do normal

Alquimista das intensidades

Que se abastece da instabilidade

Não exaltando teorias de felicidade

Simplesmente, as vivo

E nesse esbanjamento da vida

Experiencio a meta

A meta é a metamorfose ...

Marcão Cruz
Enviado por Marcão Cruz em 29/12/2015
Reeditado em 12/01/2018
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