A força de um poeta.
As cartas das mangas não mais te servem... Meus pensamentos me abandonaram há dias, e justamente por isso não me entrego ao caos da poesia que me arde internamente. Nem mesmo as cantorias, me atendem... Não me aprendem, nem me prendem em suas melodias... Suas harmonias... As palavras não se seguem, não me regem mais... Triste fim, para mim? (...) As poesias que outrora me corriam como rios, como eletricidade em seus fios, me cercam sem me tocar, sem me mostrar suas faces, suas frases, suas Evas e suas fases... Suas trevas... Nessa hora tão maldita que cessaram minhas idéias, nenhuma lágrima me aqueceu o rosto... Nem um cobertor me abraçou... Só a febre me corroeu, a tristeza me acorrentou, a força se esvaiu... Soltando um urro de fúria, me arranho a pele, minha mente gira e se fere, desgastando as forças que ainda queres que eu tenha e que me impede de cansar de ser quem sou e de me deixar viver a alegria, que pede que eu gere mais uma poesia... Ainda sou quem sou. Ainda quero as mesmas coisas... E mesmo sem forças continuarei vivo. E é por essa razão que, as cartas da mangas não mais te servem...