NAVEGANTE
Há momentos em nossas vidas que parece não ter fim.
As vezes ocasionado pela dor da perda ou por uma dor da alma,
Ou mesmo impostos a nós por crises infindáveis,
Seja emocional, financeira ou espiritual.
São caminhos sem voltas ou voltas sem caminhos.
A mente vagueia na imensidão do nada,
Perdida, desvairada e cheio de incertezas.
O coração orquestrado numa sinfonia desritmada
Apegado à ansiedade e ao desespero.
As extremidades das emoções são intensas...
Alegria e choro, solidão e paixão...
Não há eternidade sem começo,
Não há finitude sem destino.
Não há luz no fim do túnel.
Não há pedras no meio do caminho onde se posta recostar a cabeça.
Não há mãos que afagam o rosto,
Não há um ombro amigo que seja capaz de suportar tamanha desesperança.
O amargo âmago aflito se encontra...
Sem vida, sem ao menos estar morto.
Sem solução, insólito, desmedido e desequilibrado.
Sem chão ou perdido em alto mar!