Máscara

Somos errantes em busca de conexões

que nos tornem maiores e melhores;

no artifício do silêncio egoístico,

camuflamos a carapaça de humildade,

em busca dum elo

que nos traga a satisfação,

porém o vulcão, em iminência de erupção,

que arde na alma

não nos engana daquilo o que realmente somos:

um ser bruto e egoísta

que assalta, mata e toma pra si

o que, possivelmente, não nos servirá...

Não há solidez em nenhum semblante humano...

A ideia deturpada de imagem e semelhança a um ser superior

faz o homem desejar riqueza e poder a qualquer custo

e que, já tarde, doente da alma,

o fará perceber o que é a involução do ser.

Talvez sejam os mendigos, seres reencarnados,

noutro estágio de existência,

são desprovidos de ambições

e de humildade aflorada.

Há riqueza nesses seres

que aceitam as provações e que nelas evoluem.

Busquemos então a riqueza

à luz da humildade e do desprendimento

para que não retornemos ao mesmo grau de existência.