_ENQUANTO ELE DORMIA____
Enquanto ele dormia
- no desamparo da vigília -,
à beira de sua cama,
uma alma feiticeira.
E lhe soprava nos ouvidos
toda a sua eternidade,
de haver lutado e as suas cicatrizes e
o desterro dos ossos.
Dormia
- na armadilha do cansaço -,
chorando células no ponteiro do tempo
sob o manto da noite.
E feminina brisa lhe desagregou do corpo,
puxando-o pelas mãos.
Nomeados - alma -,
seguiram abastecidos de sonhos,
de adentrar o paraíso.
Enquanto ele dormia,
era tecido por ela
- pulsando sangue em cada arremate de ponto -,
socorrido, sempre, pelas batalhas que tivera em seu dia.
Existido de lágrimas
- em determinas madrugadas -,
ela curvava o rosto,
em tentativa de entendimento,
- era o abismo -
em posse dele
quando menino.
Era um pesadelo,
como uma infecção de haver sofrido
- alma tão jovem inventando porões -.
E foi, alma vencida,
deitar-se com a noite.
- espírito desperto -
corpo exausto da vida.
Enquanto ele dormia
- no desamparo da vigília -,
à beira de sua cama,
uma alma feiticeira.
E lhe soprava nos ouvidos
toda a sua eternidade,
de haver lutado e as suas cicatrizes e
o desterro dos ossos.
Dormia
- na armadilha do cansaço -,
chorando células no ponteiro do tempo
sob o manto da noite.
E feminina brisa lhe desagregou do corpo,
puxando-o pelas mãos.
Nomeados - alma -,
seguiram abastecidos de sonhos,
de adentrar o paraíso.
Enquanto ele dormia,
era tecido por ela
- pulsando sangue em cada arremate de ponto -,
socorrido, sempre, pelas batalhas que tivera em seu dia.
Existido de lágrimas
- em determinas madrugadas -,
ela curvava o rosto,
em tentativa de entendimento,
- era o abismo -
em posse dele
quando menino.
Era um pesadelo,
como uma infecção de haver sofrido
- alma tão jovem inventando porões -.
E foi, alma vencida,
deitar-se com a noite.
- espírito desperto -
corpo exausto da vida.