Você, pra aliviar a tensão

E guardo a lembrança

daquele momento em que entornei o dorso, e te vi.

E numa eloquente e paliativa conexão,

você acompanhou.

E o envolvimento se deu pelo meu olhar escorregadio

num traçado para fora e longe do teu

numa tentativa de aproximação.

Mas então você sorri. Sorrio.

E encaro teu ego,

corando o teu cenho,

pra dizer que não és a única que sente medo aqui,

através do brio dilatado da tua retina.

E alivia a minha tensão

tirando o peso

de ter que ser alguém,

sem saber ainda que carrego

o medo de que soe como uma reles atração cafajeste,

para quem só tem efêmeros momentos e, deles uma chance,

de te fazer entender que quando se sente

nenhuma palavra é errada,

e nem sempre necessária;

Quando também qualquer murmúrio

é um esboço do ensejo para o toque,

e o toque é só um ensaio para o beijo,

e o beijo é o que corrige qualquer tropeço,

daqueles que muito bem compartilhamos

desses nossos

amores passados.