Direitos Humanos?
Partindo do princípio de que é dever do Estado agir de forma preventiva para conter o crime em toda a sua forma, seria de se esperar um resultado que mantivesse o controle da ordem social, evitando desta forma, que inúmeros princípios garantidores à paz social fossem subvertidos.
Como dizer que “todos são iguais perante a lei”, se ainda há parcialidade nos Tribunais ao proferir suas decisões, quer seja ao condenar, quer seja ao inocentar?
Estamos diante de uma justiça injusta, utópica, pois, todos os dias acordamos e dormimos diante de um inimigo, do lado de fora da nossa casa, do nosso trabalho, fazendo-nos parecer culpados.
E assim, somos julgados e condenados a viver distante da liberdade, pois o sistema nos pune pelo simples fato de existirmos, ou até mesmo pelo fato de que se deve respeitar os direitos humanos daqueles que vivem para desonrar de forma cruel e desumana o direito e a paz de outrem.
Quantos de nós estamos entre a barreira da vontade em ser livre e o medo da liberdade?
Quantos de nós nos deparamos com homens dispostos a cometerem um homicídio, tão somente, para nos ver cair mortos?
É de um simples canivete a um fuzil. É de um simples olhar ou distração, que nos embargam o direito de respirar. Talvez, estes direitos humanos deixa de proteger o inocente contra as barbaridades de um leviano, que de forma arbitrária nos pune a viver presos, é este o dever que temos, de levantar os muros de nossas casas, enfeitando-os com cacos de vidro, com um toque final de cerca elétrica.
Agora, vale tudo para não morrer, mas, corremos ainda o risco de sermos condenados por um delinquente que tentar atravessar nossas paredes, e é este o Estado que nos protege, é este Estado que com seu sistema punitivo, deixa de cumprir seu papel social, para garantir o direito de liberdade e de justiça aos traficantes de drogas, aos traficantes de órgãos, aos traficantes de mulheres e crianças, aos traficantes de ALMAS.
E qualquer que seja o tamanho do delito, certamente, a injustiça será feita, pois entre os direitos e deveres, prevalece o nosso dever de se manter em silêncio, o nosso dever de aceitar a morte de um ente inocente, o nosso dever de trancar bem nossas portas, o nosso dever de abraçar a tutela que o Estado nos oferece, o nosso dever de sermos foragidos.
É esta a forma repressiva do Estado, que em meio as suas diversas formas e normas penais, mantêm intacto, de forma vencedora o índice de crime, em todas as partes do nosso País, quando deveria ter a tarefa de conter atos delituosos e inconsequentes, falhando com seu dever de nos proteger contra os subvertidos, e nos mostrando mais uma vez que tudo não passa de ideologia dominante.
Então, continuamos desarmados, desestruturados, pois os valores, sociais, morais, humanos, dentre muitos outros, são como dito de início, uma verdadeira UTOPIA.