Tempo

Ah tempo....

Senhor da razão...

Enigmático e assustador como a esfinge

És fascinantemente cruel e devorador

Detentor do ontem, tão presente no hoje

e usurpador do amanhã...

Ah tempo...

As horas passam tão lentamente

Os minutos andam de braços dados

com a eternidade...

Os segundos nos rodeiam sorrateiramente

Anunciando transformações ininterruptas

Tempo!! Tempo!!

Dádivas da vida...

Prelúdios da morte!!

Tempo! Ó tempo!!

És o senhor do destino

Tão misterioso, soberano,

onipresente...

Tempo!! Tempo!!

Poderosa fonte de força

e poder...

Nos acaricia com os ardores dos amantes apaixonados

mas nos torturam com a mesma fúria do tiranos alucinados..

És contemplador da beleza...

e usurpador da mãe natureza...

Tempo!! Oh tempo!!!

Não nos escravizem tanto assim...

Devolva-nos o perfume e a leveza da infância..

A viscosidade e o frescor da juventude,

Nos mantem a serenidade e a sabedoria na velhice,

Pois sentimos que em tudo, sempre haverá um

principio, meio e fim....

Tempo!! Oh Tempo....