Pensamentos nº 59 - O Poeta e o Professor
1. Professor não tem obrigação de levar educação para a sala de aula. A Educação se traz de casa. Professor planta e cuida é do conhecimento, a partir da educação familiar. Já o poeta é quem questiona essa tal obrigação do conhecimento.
2. O Professor não tem a função apenas de ensinar disciplinas, mas, principalmente, de ajudar os alunos a refletirem sobre a sua presença no mundo, com respeito e educação. Mas o poeta tem a função de quebrar e dar novos sentidos às palavras.
3. O Professor “perde” tempo em preparar aulas, trabalhos e provas. O poeta, ao contrário, trabalha na destruição das provas nas aulas do tempo.
4. É mais fácil pensar que se engana um professor do que um poeta, nas suas dificuldades de ser enganado e entender o seu próprio desengano.
5. Por dentro, o Poeta é um professor que cura as doenças incuráveis das palavras. Por fora, o professor é um poeta que traz a cultura através das palavras, a fim de dar uma formação ao firmamento das almas, nas páginas da vida.
6. O estudo ainda é a única chave que pode abrir a mente de qualquer ignorante. O professor tem a chave e o poeta é a fechadura da porta, onde fica guardada a razão, que não deve ser confundida com a ração de ruminantes.
7. O som silencioso de um funk poderia ser uma fonte inspiradora dos poetas, e um objeto de estudo somente para professores de braile.
8. O poeta é um colecionador de estrelas que circulam no infinito das almas. O professor é o técnico que vai tentar explicar esse fenômeno.
9. Só não se escreve alguma coisa quem não tem nada para dizer sobre a cultura. O poeta e o professor escrevem para fazer pensar o cabeça dura!
10. O professor enxerga e diz a que veio, mas o poeta nem precisa ver para dizer, pois ele pode mudar a sua visão do mundo, todas as vezes que ele pisca os olhos.
11. O passado de mágoas do professor não volta mais, pois vai ficando mais experiente. O poeta guarda o passado das mágoas nos versos que escreve sobre o futuro incipiente.
12. Para os professores, as razões da aprendizagem é fantasia que nasce e morre na ilusão do conteúdo da disciplina. Para o poeta, essas razões são cartesianas e estão dentro do raio da Silibrina.
13. Os poetas, diferentemente dos professores, são sonhadores e não entendem os planos da submissão idiomática dos pontos de vista. Quer seja pela própria natureza cega da alma, ou pela visão dos sentidos cognitivos de um roteirista.
14. O professor analisa as causas dos trovões, dos raios e das tempestades, como ciência e fatos naturais .... o poeta sofre as consequências dos fenômenos existenciais.
15. O professor tenta criar diálogos com os alunos e futuros doutores, enquanto o poeta provoca diálogos dos alunos e seus temores.