___ESTALANDO OS DEDOS___
A protestar,
levantou-se
- estalo -
na demanda dos minutos,
no sonoro tic-tac entre os dedos.
Levantou-se, Noturna,
já mais adiante,
no engenho de responder superfícies.
Estalando os dedos,
valsou paz e aliança com os seus lutos.
Gargalhou rebeldia,
é da sua natureza a nação
fabulosa de carne entre as mandíbulas
_ amanheceu desobediente à hipocrisia -,
amanheceu com os olhos tarjados negros.
Estalando os dedos,
amanheceu deserdada do passo militar.
Vê-se, trazida do ventre da terra,
na agricultura crescida de fêmea,
serpenteou ao estímulo da chegada do macho.
A protestar,
levantou-se
- estalo -
na demanda dos minutos,
no sonoro tic-tac entre os dedos.
Levantou-se, Noturna,
já mais adiante,
no engenho de responder superfícies.
Estalando os dedos,
valsou paz e aliança com os seus lutos.
Gargalhou rebeldia,
é da sua natureza a nação
fabulosa de carne entre as mandíbulas
_ amanheceu desobediente à hipocrisia -,
amanheceu com os olhos tarjados negros.
Estalando os dedos,
amanheceu deserdada do passo militar.
Vê-se, trazida do ventre da terra,
na agricultura crescida de fêmea,
serpenteou ao estímulo da chegada do macho.