Poeira no Vento
Cá estou eu no auge no emaranhado de ideias inusitadas, sentimentos ilegais.
Fome, sede, calor, frio.
Uma vontade imensa de despentear os meus cabelos, jogar os lençóis no canto, desamarrar os cadarços, e andar, voar por entre os montes sem nem saber se quer se poderei voltar.
Puderá eu perder-me no meu próprio encanto sem derramar o pranto do final.
Mas não posso, estou presa feito raiz, encravada feito unha...
Escrever, eu posso.
Poeira no vento, me leve a qualquer lugar.