Eu tento!

Eu tento! Ai como eu tento neles crer...
Que todas as palavras são sinceras.

Mas eles não se dão nenhuma chance
Com conduta que a todos exaspera.

Apresentam olhares complacentes
tão gelados que a todos incinera...

O coração só bate por bater,
No inverno, verão, na primavera...

Sequer percebo um átimo de amor
Dos que vivem em castelos de quimera.

O riso é largo, falso, também frio
Deixando a mostra as presas d’uma fera.

São só e apenas tristes candidatos
À dor, pois dor alheia, sim, os espera...

Ali, naquela curva, de nós próxima
E será a dor que a todos regenera.





 
MVA
Enviado por MVA em 03/12/2015
Código do texto: T5468503
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