...

Trovões no ar me fazem vibrar.

Os Deuses brincam comigo,

Não posso aceitar.

Vivo as dores do que desconheço.

Trilho novos caminhos em novas terras.

Desbravo o que quero.

Encontro o que não quero.

As vezes, muitas delas.

Os gritos não são suficientes.

O fogo queima.

Eu sou assim.

Explosão que destrói.

Não queria ser, mas sou.

Mais sou, de que a dor que permeia

Incandescente esse torpor.

Vivo sobre minhas asas

E minhas leis declaro aos mundos.

Sou pleno, soberano do infinito.

Meu grito ecoa às profundezas das cavernas,

e as fazem desmoronar.

Pois esse sou eu.

Deus de chifres e asas.

Inabalável...

Mas só, até te encontrar.

Única, que me fez suspirar.

Uniu teu fogo ao meu.

E junto, veio reinar.

Única que suporta minha explosão.

E hoje faz parte dela.

Destruímos pra construir.

O que queremos. Teremos.

Pois a chama que nos somos, não aceita menos.

Vamos queimar o mundo é no final.

Só restaremos

Nós.

Alberto Falcão
Enviado por Alberto Falcão em 28/11/2015
Código do texto: T5463915
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