Por ruas estranhas

Quando nada mais faz sentido

Você entrega a sua vida ao acaso

Percorre sempre o mesmo caminho

Em busca dos mesmos erros

Não se permite duvidar do desconhecido

As palavras que lhe tiram da escuridão

São as mesmas que lhe causa dúvidas

Pois nem sempre tudo esta controlado

Nestes instantes é que encontramos o perigo

Porque arriscar a perfeição da vida

Se é confortável fingir os motivos

Porque aceitar as verdades que amachucam

Se as mentiras fazem tão bem pro ego

Sofrer é uma questão de sorte

Pois nem mesmo a escolha se permite mudar

Uma luta constante entre o se e o talvez

Que não acaba quando você para de tentar

Escondido entre um sonho e o amanhecer

Esta a única realidade aceitável

Sem dramas nem magoas

Só os cacos do seu coração

E o espaço vazio do seu eu

Que vaga perdido por ruas estranhas

E um céu negro que você mesmo desenhou

O próximo passo ja foi dado

De volta ao passado sorridente vai

Nem mesmo a história muda o destino

Quando estamos decididos a perder

O pagamento da ilusão são as lágrimas

E a cada tropeço no caminho

Você descobre mais um motivo para chorar

Um preço muito elevado para pagar

Que desgasta todas as energias interiores

Nos fazendo ajoelhar de cabeça baixa

E tudo isso acaba se transformando lentamente

Em um ciclo vicioso e destrutivo

Onde você acha que não tem mais direitos

E tudo vira uma dependência incondicional

kdu
Enviado por kdu em 28/11/2015
Reeditado em 23/08/2016
Código do texto: T5463277
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