Por ruas estranhas
Quando nada mais faz sentido
Você entrega a sua vida ao acaso
Percorre sempre o mesmo caminho
Em busca dos mesmos erros
Não se permite duvidar do desconhecido
As palavras que lhe tiram da escuridão
São as mesmas que lhe causa dúvidas
Pois nem sempre tudo esta controlado
Nestes instantes é que encontramos o perigo
Porque arriscar a perfeição da vida
Se é confortável fingir os motivos
Porque aceitar as verdades que amachucam
Se as mentiras fazem tão bem pro ego
Sofrer é uma questão de sorte
Pois nem mesmo a escolha se permite mudar
Uma luta constante entre o se e o talvez
Que não acaba quando você para de tentar
Escondido entre um sonho e o amanhecer
Esta a única realidade aceitável
Sem dramas nem magoas
Só os cacos do seu coração
E o espaço vazio do seu eu
Que vaga perdido por ruas estranhas
E um céu negro que você mesmo desenhou
O próximo passo ja foi dado
De volta ao passado sorridente vai
Nem mesmo a história muda o destino
Quando estamos decididos a perder
O pagamento da ilusão são as lágrimas
E a cada tropeço no caminho
Você descobre mais um motivo para chorar
Um preço muito elevado para pagar
Que desgasta todas as energias interiores
Nos fazendo ajoelhar de cabeça baixa
E tudo isso acaba se transformando lentamente
Em um ciclo vicioso e destrutivo
Onde você acha que não tem mais direitos
E tudo vira uma dependência incondicional