Sou amor com medo ou solidão consciente?
Há muito tempo eu não me arrisco, sempre mantenho o pé no chão e me esquivo de qualquer coisa que brilhe como paixão. Mesmo depois de tanto tempo ter passado, eu jamais destranquei meu coração.
Muitas pessoas dizem que sou alguém apaixonado ou até mesmo apaixonante. Eu não me identifico assim e muito menos acredito que tantas dores já vividas possam chamar atenção de alguém. O que acontece é que descobri com o passar do tempo que é preciso se ter consciência a cima de tudo, seja, na paixão, no amor e até mesmo na amizade. Porque somos totalmente responsáveis por aquilo que cativamos dentro das pessoas a nossa volta.
Mas, hoje eu já não sei se sou amor com medo ou tenho uma solidão consciente. Porque posso dizer com toda a sinceridade que meus olhos gostam de vê-la. Gostam mesmo que seja a distancia e muito poucas vezes durante o dia. Eles gostam tanto de vê-la, que chego a notar quando ela me grita em silencio exigindo minha presença um pouco mais perto. Sinto-a fantasiando sensações e até mesmo emoções, em qualquer lugar que ela esteja ali sozinha com si mesma, como se ela estivesse abraçando o mundo inteiro que ela sonha em ter.
Também existem dias que ela está longe, bem longe de onde aparenta estar. Já cheguei à conclusão que ela está tão confusa que chega a me confundir também. Fora isso, eu temo em aproveitar por aqui e o só olhar até o fim. Aquela maravilhosa duvida de errar ou acertar, aceitar ou rejeitar, continuar ou fugir.
E quem sabe assim de tantos pedidos jamais pronunciados e de inúmeras suposições já imaginadas, você não decida deixar de ser apenas vista por mim e começa a ser vista comigo?
Porque eu sei que ela quer que eu a veja, mas quer me ver também... E só de vê-la por aqui, já sei que de alguma forma irá dormir comigo está noite...