A noite que não terminou.

Deitou ao meu colo, me disse o que eles fizeram.

Disse as palavras que há anos queria ouvir e afugentou meus demônios do passado.

Continuo fechado, mas estarei aberto se você for voltar.

Se você puder me entender, então, eu posso entender você também.

Deitou ao meu colo, sob o céu nublado.

No escuro do dia, na escuridão da noite.nós compartilhamos esse paradoxo.

Eu me abro, mas não há nenhum raio de sol através de mim, nenhuma luz, há apenas um coração negro espalhando escuridão, gritando por ajuda.

O que eu senti, o que eu soube, eu virei as páginas, virei pedra.

Fechei meu corpo e não há nenhuma luz que me encha de vida.

O que eu senti, o que eu soube, estou doente e cansado e sempre sozinho, você poderia estar aqui?

Porque eu sou aquele que espera por você.

Ou você é de pedra também?

Venha deitar ao meu lado, não sou igual a eles, eu não te machucarei, eu prometo.

Não me ama? Ainda me ama? Ou nunca vai amar de novo?

Você deitou ao meu lado, mas não estava aqui, meu coração continua enegrecido.

Você estará aqui quando eu for embora?

Sim, você estará.

Mas talvez eu esteja morto, mas certo de que estará aqui.

Deite aqui do meu lado e me diga o que eu te fiz.

A porta está fechada, assim como meus olhos também estão.

Mas agora eu vejo o sol, sim, agora eu vejo a luz, atrás da porta.

Então. eu devo abrir? Ou permanecer sozinho e doente?

É você atrás da porta com as chaves na mão, decidindo se me liberta ou não? Porque ainda sou aquele que continua esperando por você.

Leresche
Enviado por Leresche em 24/11/2015
Reeditado em 24/11/2015
Código do texto: T5459018
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