Não aperte aquele maldito botão

Assim, há um botão no meu cérebro que raras vezes consigo alcançá-lo. Mas quando consigo, eu fico com medo de mim.

É como se eu não me reconhecesse. É como se eu entrasse nesse buraco negro, isolado e frio. As pessoas se assustam comigo desacreditadas ao me ver.

Quando eu fujo muito de algo, muito mesmo, é como se eu estivesse esticando as mãos para tocar nesse maldito botão.

E de tanto fugir, estou dando câimbras no corpo.

Acho que está faltando pouco para esse gatilho ser acionado e não há muito que eu possa fazer.

Em O diário idiota de Rafaela

Rafaela Drummond
Enviado por Rafaela Drummond em 20/11/2015
Código do texto: T5454959
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.