Muito mais do que palavras
Escrever: já é por natureza um dom lindo. Escrever sobre o amor, sobre o que sentimos, sobre o que nos causam a vida, as pessoas, os momentos, os lugares, já é uma dádiva. Além de ser uma forma muito boa de canalizarmos a dor causada pelos pseudos-amores, pseudos-relacionamentos e, obviamente, todos os amores não correspondidos. De amores não correspondidos, quem é que não tem pelo menos uma experiência a ser compartilhada? Quem é que não tem mil lágrimas a serem descritas? Quem é que não tem na lembrança aquele sorriso-mais-lindo-do-mundo, a voz-melodia, o desejo infinito de se estar junto, ou ao menos perto? Agora, escrever sobre amores correspondidos, sentimentos mútuos, essa sim é a melhor sensação do mundo! O aguardar o próximo encontro, o falar-se por horas e horas a fio, seja por telefone, pela internet, pelos inúmeros aplicativos que temos hoje para nos comunicarmos. A surpresa da chegada de um SMS de "bom dia", de "como você está?", de um "pensei em você" ou "quero te ver logo". São situações que hoje percebemos sua raridade, sua escassez. Aquelas que se continuam frequentes, talvez nós já estejamos tão desacostumados que passamos a crer que seja difícil vivenciar novamente. Mas no mais, feliz daquele que pode transmitir ao papel, ou à tela de um computador, qualquer que seja a forma, tudo aquilo que sente. Feliz daquele que consegue transmitir, de uma forma tão nobre, os sentimentos que experimentamos. Feliz de mim, que agora posso transmitir, dessa maneira tão linda, a paz de espírito que me dominou; motivando-me a compartilhar esses pensamentos. Podendo afirmar que sim, sou um cara muito feliz. Ninguém seria capaz de me provar o contrário.